26 de maio, 2023
Do total, mais de 8.000 oportunidades são para trabalhar no IBGE; veja a lista completa
O governo federal autorizou, até este mês, a abertura de quase 10 mil novas vagas —temporárias e fixas— para concurso público e processo seletivo de órgãos como Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
As contratações agora dependem da escolha da empresa organizadora e da publicação dos editais com as regras, mas já movimentam candidatos e cursos preparatórios. O setor de concursos teve uma espécie de apagão nos dois últimos governos por causa da limitação imposta pelo teto de gastos.
O IBGE reúne a maior parte dos postos disponíveis, com mais de 8.000 vagas temporárias que vão suprir a demanda de profissionais como agentes de pesquisa por telefone e supervisor de coleta e qualidade para atuar no Censo Demográfico 2022. A autorização para o concurso foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 17 de maio.
As outras 1.450 vagas autorizadas são para concursos do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Ciência, do Ministério do Meio Ambiente, entre outros.
No ano passado, foram 1.699 vagas disponíveis para novos concursos públicos. De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o último concurso autorizado em 2022 foi o da Secretaria Especial da Receita Federal, em junho, para os cargos de auditor fiscal e analista tributário.
VEJA OS CONCURSOS AUTORIZADOS, AS VAGAS E OS CARGOS
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
Cargo: terceiro-secretário
Quantidade de vagas: 30
Escolaridade: nível superior
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Cargos: analista em ciência e tecnologia, pesquisador e tecnologista
Quantidade de vagas: 814
Escolaridade: nível superior
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA
Cargo: analista ambiental
Quantidade de vagas: 98
Escolaridade: nível superior
FUNAI (FUNDAÇÃO NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS)
Cargos: agente em indigenismo, administrador, antropólogo, arquiteto, arquivista, assistente social, bibliotecário, contador, economista, engenheiro, engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, estatístico, geógrafo, indigenista especializado, psicólogo, sociólogo, técnico em assuntos educacionais e técnico em comunicação social
Quantidade de vagas: 502
Escolaridade: nível superior e intermediário
IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA)
Cargos: codificador, agente censitário mapeamento, agente de pesquisas e mapeamento, supervisor de coleta e qualidade, agente de pesquisa por telefone e supervisor de pesquisa
Quantidade de vagas: 8.141 (temporárias)
Escolaridade: nível superior e intermediário
Fonte: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
CANDIDATO DEVE COMEÇAR A ESTUDAR
Na esteira das novas aberturas de concursos, Vandré Amorim, coordenador de carreiras de tribunais do curso preparatório Gran Cursos, diz que a perspectiva é boa para quem quer começar a estudar para prestar concurso público.
“O que aconteceu do começo do ano para cá é que o governo federal liberou diversos órgãos para abrirem vagas que estavam travadas. A gente teve um megapacote anunciado agora de concursos da esfera federal “, diz.
Segundo ele, não há uma quantidade ideal de horas de estudo por dia para garantir uma boa nota na prova, mas é importante que o candidato crie um hábito diário de preparação. “Meia hora é melhor do que nada. Uma hora é melhor do que 30 minutos e por aí vai. Quanto mais tempo o candidato puder se dedicar diariamente, a tendência é que ele consiga a aprovação também em menos tempo.”
Para Victor Dalton, professor de informática e cofundador do Direção Concursos, o período de antecedência para começar a se preparar depende do concurso. “Um auditor fiscal da Receita, que vai receber mais de R$ 20 mil e bonificações, pode exigir algo em torno de dois anos de preparação, porque a prova tem uma quantidade de matérias muito grandes e extensas que exigem um período de maturação para a pessoa absorver aquele conteúdo”, afirma.
GOVERNO QUER MUDAR CONCURSOS
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda mudar as regras dos concursos públicos para incorporar instrumentos adicionais de avaliação dos candidatos, como teste psicotécnico, e permitir o uso da tecnologia em algumas fases ou em todo o processo seletivo.
A avaliação do Executivo é que isso pode melhorar o acesso dos candidatos, ampliar a concorrência, dar segurança jurídica e permitir ao governo selecionar com maior efetividade seus funcionários.
A intenção é apoiar a discussão de um projeto de lei já aprovado pela Câmara dos Deputados e que aguarda apreciação do Senado Federal. O tema tem sido tratado em reuniões internas no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e integra uma lista de ações que a pasta pretende colocar em marcha nos próximos meses e que inclui uma nova lei de cotas em concursos públicos.
Fonte: Wagner Advogados Associados