Em um gesto para agradar aos servidores públicos federais, o presidente Jair Bolsonaro que disputa a reeleição, reabriu o prazo para que a categoria possa migrar para o fundo de pensão, a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp). A medida agrada ao funcionalismo porque a reforma da Previdência, em vigor desde novembro de 2019, tornou as regras da aposentadoria mais duras.
O novo prazo terminará em 30 de novembro de 2022, segundo uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (dia 26).
A última data para a migração ocorreu em 29 de março de 2019. Quem não fez a opção apostou que não seria afetado pelas mudanças nas regras da aposentadoria.
Proposta do ministério
Desde que a Funpresp foi criada, em 2013, houve três oportunidades de migração para o novo regime. Essa é a quarta chance dada pelo governo federal. Ao todo, 17 mil servidores aderiam, segundo dados oficiais. A expectativa é que agora haverá maior interesse. A reabertura do prazo foi proposta pelo Ministério da Economia, segundo técnicos do governo.
No curto prazo, a União terá perda na arrecadação com a nova migração dos servidores do regime próprio para a previdência complementar. Porém, isso pode ser compensado no futuro.
Rendimento das reservas
Quem faz a opção recebe um benefício equivalente ao teto do Regime Geral de Previdência (INSS), hoje em R$ 7.087,22 e um valor complementar, que depende do rendimento das reservas.
Além disso, os servidores que migrarem ganham um benefício especial, calculado em cima das contribuições recolhidas acima do teto do INSS. A MP faz uma adaptação à reforma da Previdência e reduz um pouco o valor desse benefício.
Atualmente, há dois fundos de previdência complementar da União: dos servidores do Executivo, que abrange Legislativo e Tribunal de Contas da União (TCU) e do Judiciário com Ministério Público.
Os servidores que ingressarem no serviço público desde a criação da aposentadoria complementar já enquadrados no novo regime.
Fonte: Wagner Advogados