Nesta quarta-feira (30), secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou que o espaço orçamentário para reajustes salariais de servidores federais é de R$ 1,7 bilhão

Em meio à pressão de servidores do Banco Central, da Receita Federal e do Tesouro Nacional por reajuste salarial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avalia, em conversas internas com sua equipe, que conceder aumento salarial seria ‘tirar o pino da granada’.

Segundo um auxiliar do ministro, as duas carreiras com prioridade para o reajuste, caso haja, seriam os servidores da Receita Federal e policiais.

Nesta quarta-feira (30), o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, afirmou que o espaço orçamentário para reajustes salariais de servidores federais é de R$ 1,7 bilhão. A pasta trabalha com o prazo de junho para resolução da questão.

Na última semana, secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, afirmou que para liberar o montante previsto no orçamento para reajuste de servidores, o governo precisa que o Congresso aprove o PLN (Projeto de Lei) 1/2022. “A necessidade é de R$ 2,5 bilhões. Então preciso, aprovar o PLN 1 para R$ 1,7 bilhão e tem ainda a diferença para recompor o pessoal”, explicou na ocasião.

A pressão dos servidores do Tesouro, da Receita e do Banco Central por reajuste aumentou após o presidente da República, Jair Bolsonaro, falar na concessão de reestruturação da carreira policial. Nesta quarta-feira, a presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, defendeu que os servidores do órgão fiscalizador também sejam contemplados, caso haja reajustes para outras carreiras.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), os funcionários públicos do BC entrarão em greve, por tempo indeterminado, a partir de 1º de abril.

Entre os serviços que devem ser afetados, os servidores da instituição destacam o Pix, a distribuição de moedas e cédulas, a divulgação do boletim Focus e de diversas Taxas, o funcionamento do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e a mesa de operações do Demab (Departamento de Operações do Mercado Aberto).

Na mesma linha, a Unacon Sindical, que representa servidores das áreas de finanças e controle do Tesouro, prevê duas paralisações nas atividades: sexta, 1º de abril, e na terça-feira, 5 de abril.

Fonte: Wagner Advogados

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