Ainda sem percentual de reajuste para 2023

Os representantes dos servidores federais do Executivo que participaram, nesta terça-feira (dia 23), de uma reunião no Ministério da Economia para discutir o reajuste do funcionalismo federal em 2023, saíram frustrados do encontro. A uma semana do fim do prazo para o governo enviar ao Congresso Nacional a Lei Orçamentária Anual (LOA) — com alguma previsão de correção salarial para diversas categorias profissionais —, a União não apresentou nenhum índice de reajuste. Ou seja, até agora, os servidores do Executivo continuam no limbo, sem previsão de quanto será reservado no Orçamento para um possível aumento.

Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), também não ficou claro no encontro se há previsão de realização de concursos ou de reestruturação de carreiras. Tampouco se falou em correção do auxílio-alimentação. De acordo com as entidades, “há três anos e oito meses não existe avanço nem negociações efetivas com o governo”.

Neste, depois de prometer reajuste apenas para policiais federais, o governo até cogitou conceder um aumento linear de 5% para todas as categorias do Executivo, mas recuou, após desagradar ao funcionalismo como um todo.

Agora, como alternativa à falta de acerto entre as partes, os servidores tentam mobilizar os parlamentares, uma vez que caberá ao Congresso Nacional a votação do Orçamento de 2023. O texto poderá ser alterado por deputados e senadores ao longo da tramitação da proposta.

Os servidores querem garantir alguma reposição salarial. Segundo eles, as perdas acumuladas durante todo o governo Bolsonaro devem superar 32% até dezembro de 2022.

Por isso, no dia 31, às 14h, último dia do prazo para o envio da LOA ao Congresso Nacional, os trabalhadores prometem um ato em defesa do serviço público e das categorias no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.

Fonte: Extra (RJ)

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