O governo Bolsonaro não admite quem pensa diferente e intensifica perseguições políticas utilizando o Estado para reprimir seus críticos. O caso recente mais famoso é o do influencer Felipe Neto, que chamou o presidente de genocida em suas redes sociais e foi acionado judicialmente pela presidência com base na Lei de Segurança Nacional.

O governo também persegue o movimento sindical, como no caso de Erika Suruagy, vice-presidenta da Aduferpe, convocada a depor na Polícia Federal por causa de um outdoor denunciando as mortes por COVID-19 em 2020, e do professor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, obrigado a assinar Termo de Ajustamento de Conduta por críticas ao governo durante uma live.

E quem não se lembra do fiscal do Ibama José Olímpio Augusto Morelli, que havia multado o presidente por pesca ilegal em Angra dos Reis? O fiscal foi exonerado de seu cargo de chefia e, em entrevista, confirmou que se tratava de vingança pessoal.

Em 18/03/21, em Uberlândia, 25 pessoas foram convocadas para depor na Polícia Federal por críticas ao presidente em redes sociais. Outras quatro pessoas foram presas ao estender uma faixa com a charge do card acima, com os dizeres “Bolsonaro genocida”.

Toda essa repressão demonstra a incapacidade do governo de lidar com opositores políticos num regime democrático, tratando-os como inimigos pessoais. Também demonstra uma enorme insegurança de um governo que assiste sua popularidade cair e que é obrigado a recuar na questão de adotar as vacinas por pressão popular.

Diante desse cenário, iniciativas como a Frente Cala Boca Já Morreu, criada para oferecer assistência jurídica a quem for acionado judicialmente por exercer sua liberdade de expressão, são muito importantes, junto da unidade dos movimentos sociais e setores progressistas. Nos últimos dias, uma enxurrada de personalidades tem se manifestado com a expressão “Bolsonaro genocida” nas redes sociais. Os servidores públicos se somam à essas manifestações.

*Material divulgado originalmente pelo Fonasefe, no âmbito da Campanha contra a Reforma Administrativa.

Fonte: SINASEFE NACIONAL

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