Cristiano Heckert, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público, defende troca de regime
Alvo de muita desconfiança de entidades sindicais, a janela de migração do regime de aposentadoria chegou a metade do prazo em agosto. A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) defende que não há perdas no benefício e sugere que cada um faça as contas e analise a sua situação.
A alteração pode afetar até 290 mil servidores, sendo que 100 mil teriam algum tipo de lucro direto com a troca de regime.
Em entrevista ao Metrópoles, Cristiano Heckert, presidente da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), ressalta que a migração é voluntária.
Entre os atrativos, Cristiano cita aumento no salário líquido do servidor, já que as alíquotas de contribuição são menores; correção da aposentadoria todos anos pela inflação, o que não ocorre no Regime Próprio; além de melhores condições em pensões por morte ou invalidez.
“A migração é voluntária. Muita gente está percebendo que migrar é vantajoso. É uma questão de fazer conta, avaliar a idade, o tempo de serviço público”, explica. Segundo ele, mais de 900 servidores da União já optaram pelo modelo.
Cristiano minimiza as críticas de entidades sinciciais. “Temos feito palestras com cada órgão e cada associação. Desde o início do prazo, em maio, 75 palestras”, conclui.
O diretor cita que nas trê janelas anteriores de migração mais de 18 mil servidores optaram pela Funpresp.
Uma das principais críticas de entidades sindicais é a sustentabilidade do modelo. “A Funpresp não depende de novas adesões. Se não entrar ninguém, não impacta na aposentadoria de ninguém”, explica.
Cristiano detalha que as aposentadorias são pagas pelo acúmulo das contribuições mais os benefícios da migração.
Fonte: Portal Metrópoles